As memórias deviam durar para sempre de forma presente para nos impedir de lá voltar.
Com o tempo vão-se perdendo, ou porque o tempo assim o obriga ( a uns mais depressa que a outros), ou porque nós, por opção, as esquecemos ou tentamos.
O nosso cérebro é certamente selectivo do que quer que recordemos ou não.
Se eu me quiser lembrar de algo, consigo transportar-me para esse momento, lembrar-me e sentir quase de forma palpável o mesmo.
Seja para o bom e para o mau.
Se for bom não faz sentido tentar reviver apenas recordar, se for mau não faz sentido reviver a não ser que seja para reescrever.
Já sei onde é que isto acaba consigo sentir, prever quase de forma mitológica, já o vivi.
Dejà vu, a única questão aqui é que era real não era só uma impressão ou um atraso do cérebro em processar a informação.
As memórias fazem me querer saltar directamente para o último capitulo, apenas porque já sei o que está escrito neste "fim"... Algumas não valem a pena reviver... infelizmente, mas diz que é assim.
A vida é assim.
Ainda assim acredito sempre que a qualquer momento poderei reescrever um capítulo, criar novas memórias, melhores, mais importantes e com isto empurrar as outras para inicio. No fundo o que interessa mesmo é o fim!
Porque é no fim que se vive feliz para sempre. (dizem eles... )
Lisboa, 04.10.2011 (00h50)